1 - Formação das equipes para integração de tecnologia nas atividades existentes
Os resultados da pesquisa mostram que o uso de tics para acesso livre nas bibliotecas brasileiras é desvinculado das ações que promovem as missões da biblioteca pública. Várias bibliotecas são bastante ativas em termos de oficinas para promoção da leitura através de atividades culturais, porém essas ações acontecem sem uso de computadores e internet. As equipes das bibliotecas que planejam e conduzem as oficinas culturais não conhecem o potencial das tecnologias da informação e comunicação para enriquecer ou ampliar suas atividades. Nenhum coordenador de biblioteca entrevistado cogitava o uso da tecnologia por parte dos usuários para fortalecer essas atividades.
A ideia de dar formação em tecnologia para os integrantes das equipes das bibliotecas apoiarem o uso da tecnologia para autoria dos usuários em atividades culturais, quando apresentada pela pesquisadora, era sempre vista como uma possibilidade melhor do que ensinar a temática cultural aos técnicos de telecentros.
Os coordenadores de biblioteca foram enfáticos em afirmar a necessidade de uma nova formação para os bibliotecários e atendentes de bibliotecas. Formação que venha a incluir o uso da tecnologia em atividades culturais e o estímulo e orientação para o uso e a produção de informações em meio digital. Os coordenadores explicam que hoje, quem recebe a formação são os monitores dos telecentros ( conjunto de equipamentos instalados dentro das bibliotecas) e esses não trabalham junto nem para a biblioteca, apenas atendem usuários de computadores, que por sua vez não costumam utilizar o acervo impresso nem frequentar as atividades culturais oferecidas pela biblioteca.
Definir o conteúdo e implementar tal formação representa um desafio para os diversos atores envolvidos com a biblioteca pública no Brasil. Os computadores e o acesso a internet nas bibliotecas são supridos por secretarias a parte da cultura e a formação dos funcionários que operam os equipamentos é feita pelo departamento de tecnologia ou setor administração do governo. Contudo, os integrantes da área técnica dos governos, responsáveis pela formação dos monitores de telecentros, desconhecem as ações mais relevantes das bibliotecas, bem como as possíveis aplicações culturais da tecnologia. A construção dessa formação parece ser o maior desafio para a integração de tecnologia nos serviços que atualmente são os mais relevantes nas bibliotecas visitadas.
A ideia de dar formação em tecnologia para os integrantes das equipes das bibliotecas apoiarem o uso da tecnologia para autoria dos usuários em atividades culturais, quando apresentada pela pesquisadora, era sempre vista como uma possibilidade melhor do que ensinar a temática cultural aos técnicos de telecentros.
Os coordenadores de biblioteca foram enfáticos em afirmar a necessidade de uma nova formação para os bibliotecários e atendentes de bibliotecas. Formação que venha a incluir o uso da tecnologia em atividades culturais e o estímulo e orientação para o uso e a produção de informações em meio digital. Os coordenadores explicam que hoje, quem recebe a formação são os monitores dos telecentros ( conjunto de equipamentos instalados dentro das bibliotecas) e esses não trabalham junto nem para a biblioteca, apenas atendem usuários de computadores, que por sua vez não costumam utilizar o acervo impresso nem frequentar as atividades culturais oferecidas pela biblioteca.
Definir o conteúdo e implementar tal formação representa um desafio para os diversos atores envolvidos com a biblioteca pública no Brasil. Os computadores e o acesso a internet nas bibliotecas são supridos por secretarias a parte da cultura e a formação dos funcionários que operam os equipamentos é feita pelo departamento de tecnologia ou setor administração do governo. Contudo, os integrantes da área técnica dos governos, responsáveis pela formação dos monitores de telecentros, desconhecem as ações mais relevantes das bibliotecas, bem como as possíveis aplicações culturais da tecnologia. A construção dessa formação parece ser o maior desafio para a integração de tecnologia nos serviços que atualmente são os mais relevantes nas bibliotecas visitadas.
2 - Integração de Tecnologia na gestão da biblioteca
No que se refere à gestão das bibliotecas, o uso de tics está presente entre as bibliotecas grandes e médias e acontece na gestão do acervo, na divulgação do acervo e na divulgação de atividades da programação/agenda das bibliotecas através de blogs e redes sociais.
Mais autonomia para criar e manter o web site da biblioteca é uma reivindicação comum por parte de gestores de bibliotecas. Muitas vezes os web sites das bibliotecas são administrados pelo governo local o que restringe a oportunidade de uso do meio digital para interação entre a equipe da biblioteca e os beneficiados.
Entre as bibliotecas que não possuem o catálogo do acervo informatizado (em geral as pequenas), este processo é entendido como prioritário para ampliação da relevância da biblioteca para a população local.
Mais autonomia para criar e manter o web site da biblioteca é uma reivindicação comum por parte de gestores de bibliotecas. Muitas vezes os web sites das bibliotecas são administrados pelo governo local o que restringe a oportunidade de uso do meio digital para interação entre a equipe da biblioteca e os beneficiados.
Entre as bibliotecas que não possuem o catálogo do acervo informatizado (em geral as pequenas), este processo é entendido como prioritário para ampliação da relevância da biblioteca para a população local.
3 - Diagnosticar e suprir as necessidades de informação dos usuários
Esta é uma função praticamente adormecida nas bibliotecas públicas brasileiras. Embora “suprir informações à população” esteja presente nas declarações de missão das bibliotecas, é uma pauta ausente tanto na instância federal das políticas públicas quanto em nível local de operacionalização da biblioteca. Os programas federais e estaduais para apoio às bibliotecas públicas destinam-se a suprir livros e estimular a leitura. As iniciativas ligadas à tecnologia restringem-se a suprir os equipamentos e a conexão à internet, e quando existe formação para funcionários, esta não é relacionada com a missão da biblioteca, apenas com habilidades básicas de computação. Esta área necessita de investimento, porém não existe motivação para tal. Em nenhum momento, representantes de governo, coordenadores de biblioteca ou usuários apontaram como carência da biblioteca a falta de ações para identificar e suprir necessidades de informações da população local.